BLOGXPLODE



quinta-feira, 14 de outubro de 2010

ahn

um homem que não nada não pode voar.

}{

o tempo de cigarras chegou desregulado.

pobre mão esquerda !
não te treinei o suficiente para sufocar orquestras.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

rio de janeiro - 2005

um homem sozinho é como um cão acompanhado por carrapatos.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

texto sem título e sem data escrito em Belo Horizonte em um papel de pão

depois que nasci no açougue sorri
e me vi virado em vermelho largo
e chorei e vi minha mãe desmaiar no mar
e parei
me ceguei de sol
me enterrei na areia
e fui devolvido por sirís
e fingi ser neto de iemanjá
até ela negar
e fui em barco e não fui
pois nunca houve um barco
e fiquei imóvel e a noite veio
e a noite retirou minhas veias
e a noite retirou-se
e montanhas de nuvens misturaram tintas
e o calor abriu minhas novas flores
e a noite voltou e as estrelas
e as minhas flores viraram areia
e decidi morrer e não consegui
e quando estava para crescer
suavemente fugi.
e senti o mar em visitas
e minha mãe voar
devolvida.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

.

o corpo é obstáculo da morte

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

ABSTRATASTRAMAS

fôlego

em flácido ritmo de lassidão retornarei
liberto
surpreso
preso em abstratastramas

mas deixarei de roncar meus desregulamentos
em goma e cume?
em conta e átomo?

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

deixei lá fora as palavras esfriando

terça-feira, 17 de agosto de 2010

^^

meu poema furou o ofurô

^

a buzina de navio é o som
é o OM universal das baleias

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

autocrítica

você é péssimo. mas pode piorar.

sábado, 31 de julho de 2010

chora

chora miolo seco
ferves-te a água do pote de osso por toda madrugada
veste agora tua cova dos trapos ásperos de nuvens
para trabalhar neste terreno desconhecido
para tingir com teu sangue de vinagre azedo
os teus calos que brotam nas ferramentas de lava arrefecida
esse será teu inferno rápido e eterno e teu paraíso
a gengiva
oca
as veias
estufadas
os cabelos
raros
a coluna
curvada
o pulmão
furado
o coração
entupido
o fígado
com moscas
o estômago
com crostas envenenadas
a bexiga
enrugada
a pele
repugnante
e você
feliz
velho
humano
cruel
em sua única vida
que já acaba

...........................................................................

depois de mim,
sou o maior poeta que desconheço.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

caceta do nada tirano

meus neo-conterrâneos enterrados sabem que são periquitos peritos
em mamar a caceta do nada tirano
a vida é gostosa e é possível comprar respeito e queijo temperado
em discursos bocejantes de eventos públicos auto-referentes
inchados de comodidade nas cadeiras brancas de plástico tóxico

Como lidá com o facto de não ser lido

encontrei um escritor que declarou
não saber lidá com o facto de não ser lido:
(usava facto afecto e jacto
pois seus ancestrais lhe
proporcionavam porções em proporções de sentimentalidade lusitana:
somos todos derivados disso aqui no Brasil
onde existiu uma civilização tão maravilhosa
que não deixou erguida nenhuma parede fixa
pirâmides palacetes escravatórios prédios gigantes pias:
depois veio qualquer coisa até que nas mesas do boteco um diga:
- meu avó era espanhal minha avó da casa do caralho )
então
por aí ia
até que encontrei este escritor de jacto afecto e de facto
eu lhe disse:
deixa de bobera ô querido
isso de ser lido
é chato e dói us ouvido.

Sexologia

juro que um jumento focou com a pelota esquerda do olho um piolho
não
uma joaninha vermelha com 4 bolinhas pretas em comunhão descomunal
era meio-dia
não
era 10 e 90 da manhã cercada por pastos postos em fatias de cidade morta
e o jumento manteve a pica dura e o tremer da capa grossa
o rabo lambrecado de merda
merda que é mato
ou talvez um milho caridoso
e água
a égua se fazia de rogada e enrugada caminhava em círculo
embucetada
se penteando no farpado da cerca do circo
não
se despenteando no farpado da cerca de cera
advinhando uma larga penetração de leite
e disso
a vaca se gabava por não ser o gambá bêbado no pé da árvore

Canção de Minar

nunca vi poetagem trocando a toalha de mesa da Mamãe pervertida
embora eu saiba que exista
bamba é na corda meu equilíbrio de brilho de bengala
o bumbo da bateria em rock sem tradicionais taxas orixás de entrega de espírito
eu me revolto em todo contorno
levo até as cenouras das senhoras uma mordida banguela
as linhas das pipas degolando jovens de conta bancária precária e boa higiene
plantadores de maconha envergonhados são meus santos solares
quando procuro um motivo intesificante para um ruído que esfole a casca ilusão
não verificarei a ortografia desta flecha que se fecha se chove
e pouco me interessa se essa porta abre flores de conquista insuportável
é como o incoveniente de estar em um enterro e se julgar imortal em oração
enquanto micróbios percorrem o ar propagando covardia
obrigado pelo gado e bom dia

quinta-feira, 29 de julho de 2010

sOnOs

o que eu teria
além das olheiras
vigiando a ilha lilás mapeada por satélites lixos voadores
talvez fosse apenas pinos de fabricação caseira
um joelho frágil descendo a ladeira carnavalesca sacrificial
para descansar sobre a alça dos transportes de calor
um tempo em formato de ponto

bisgodofu.blogspot.com ( Filho da Pupa )

filho da pupa!
- constatei cascatas palavrórias e
catei na tua barba um graveto resistente -

não há razões espaciais
para que eu lhe ofereça enfurecido
odes ou aids ou
homenagem próstota
ilustramentos de amiguicícimus
puras putas em rodoviárias
goles de pinga amarela ao lado de sebos sebosos
bíblias beats sem capa
ou qualquer reflexo de luz no ferro de passar roupa

isso
não me poupa o suco doce de futuras frutas arredondadas ?
vulgaridades...

vamos
estávamos falando nada com nada
louco de clínica não
louco de fábrica

tive que me permitir tais quintais de pensamento gasoso
e parei de novo em posição esquecedoura

> lavo o fio dental depois do uso
e o guardo dentro de uma meia listrada
dentro de uma caixa de charutos nacionais
até agora já juntei quase dois metros
meu dentista se orgulha
o acupunturista tatuador turista
mergulha a agulha
mas não dói
eu te entendo
(mentira)

terça-feira, 27 de julho de 2010

domingo, 25 de julho de 2010

Tabacaria n.2

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser Fernando Pessoa.
Não sou poeta.
Não sou nada mesmo.
Decididamente não sou poeta.
Nunca serei Fernando Pessoa.
Nunca serei eu mesmo.
Não sou nada.
Nem poeta.
Nem nada.
Não posso querer ser nada.
Não tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Tenho só uns trinta.

domingo, 18 de julho de 2010

(3) 522

Vai:
tirando aquela do hospício o fim de semana
assim chamado pelo alto solavanco do contorno montanhoso
e num têm jeito se é certero
depois de Baco em cuica
passei de aluno até dormir aos pés da paz
pois se tem escola de samba
é porque tem aula
e eu tive aula de samba
dois dois dias gaguejando cantos
( iii rapá tem tanta coisa sem explicação)
que bom

...

terça-feira, 13 de julho de 2010

sábado, 10 de julho de 2010

o sushi das descobertas

já faz década que desci degraus

obrigado pelo sushi das descobertas

obrigado

somos felizes agora em nossa cabana inacabada

entendi tendões estalos
percepção parecida
decepção decepada

lâmina

só de noite aceita meu comando variado

e sobre o assoalho fosco

uma foto

minha

a língua de fora sobre uma vela acesa

Pintura no Rancho do Imperador




e o privilégio deste experimento oco

mundo

só formas a forrar
o núcleo do caixote piscando sonhos
eles também
em
solo esburacado
( quando os corpos não dançam ? )

não estar cheio e esvaziar-se

dançar um pequeno vazamento

imensidão

não ter dentro
ter um dentro todo fluxo
sangue excrementos ossos
a gelatina dos ossos
e
genitálias plantas carnívoras
autónomas
outonos impossíveis de pararem

incomparáveis

nova bestagem

não leia o livro que não publiquei
nem as vitrines das lojas em promoção:
procurei e me afastei das prateleiras dos livros:
senti um pavor de me misturar com o que já conheço
não leia:
ei-la

sexta-feira, 9 de julho de 2010

em minha haste ateas-te fogo

terça-feira, 6 de julho de 2010

a gruta melada onde encontrei Deus incrustado em meu Corpo.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Dores

estou fazendo uma coleção de dores involuntárias e já
tenho duas repetidas.

sábado, 5 de junho de 2010

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Estudo Tostado Sobre o Fogo

o fogo não tem lado de dentro.

eu já vi fogo morrer azul quase verde.



fumar é se incendiar um pouquinho.

um palito de fósforo é muito lindo.
umavez encontrei um poeta na rua
na outra, uma moeda, não era sua ?
------------------------------------------------

não há mais lugar em mim para guardar futuros

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(é)
estou atingindo o nível Primata
em cultura e corpo

_________________________________



minhas palavras querem o mudo em direção otária
estou doente diferente das pedras.
estou dormente das pernas para baixo.
estou escrevendo frases como quem passa por uma má fase.
estou chegando a achar que a primeira frase é do Manoel.
estourei:
passo o dedo ( o maior que tiver )
sobre a superfície da malha
que se deixou molhar de poeira de água de céu
só para chegar até aqui e dizer que
eu
estou touro
tonto
o chifre cravado em desejo.
a aranha não teceu comentários sobre o mosquito que carregava meu sangue.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Flor que se cheire II

as roupas estão peladas.
jamais desprezei torneiras.
meu filho cresce até minha barba.
fumaça engrossa com luz.

nesta

nesta manhã me galho inato
em colorações dos cães que se coçam e choram focinhos
pelo menos parece um choro o agudo do clarinete
fabricado pelos mesmos sonos de mato
a mancha desejado do barro esclarece
a vibração das gotas conto sozinho
e marco meu papel círculo de mestre
com piscadas fagulhas de incrível tranquilidade

segunda-feira, 17 de maio de 2010

C

calculei nau meus problemas de ângulo e engulo
raízes ásperas
pêras
iscas
maçãs maciças
sem sair do obstinado obscuro

sem sair do obstinado obscuro
as lembranças desesperadas de amigos gagos
nas mãos de osso
anéis túneis
o uivo do vivo


estou examinando imprecisões encharcadas
a transparência dos fatos estufados em frio

o dia inacaba com minha obra

que a dor não se faça em superioridades
do prazer de sentir coisa alguma coisa

domingo, 16 de maio de 2010

flor que se cheire

tentasse cabelos brancos na espera esfera
uma bicicleta ex-vermelha em pedais
e a vara oval da luz olhava verbo
do saco de lodo em cheio


criei calos de contemplar o Itapemirim

( que já chamo de minha futura Veneza fraturada )

domingo, 2 de maio de 2010

Cloaca Universal ( primeira versão original in Belo Horizonte, início do século)

Caí do berço estomacal do mundo
e desencarnei a casca antediluviana que anseio sugar

triunfante me afundei em rosas formações rochosas
até fêmeas felpudas desfazerem fetos fedorentos de ratos humanos
robustos e desamparados

fui esfaqueado por germes gêmeos
com venenos velozes e posto
dia após dia
sob uma mesa de alquimia

um pequeno poro recheado de ociosas preciosidades

para o parasita que hesita sonhos de isca
tumores que saboreiam células lisas e
torturas em florestas retas
na maldição melancólica de que existe um começo maior
ou menor, para aquém de toda menstruação residual e resignada
de toda possível possessão primária

a novidade é a crueldade
ou sóis entupidos de cupidos deprimidos
ou vacas sagradas em vitrines trincadas
ou esculturas nos lençóis dobrados de um hospício

um belo espetáculo de pétalas e tentáculos

ponta de algum dedo que espeta pardais atrás do pôr-do-sol

depois que eu terminar de empurrar os ossos de rubi roubado
trago mais ruínas

pressionando a ponta da caneta nas tubulações do meu aquário
raspo restos de fôlego

QUE QUALQUER ESPAÇO POSSA PARIR BATALHAS

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

volume 1

um pouco mais esparso



o cenário deve ter :
um canário e um rio



e a fechadura fechada dura

sem visitantes

d.


terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

tchau

ela e a tela em posição de oposição e beleza
os pincéis estragados e tragados filtros vermelhos de cigarros
os filtros não são vermelhos mas são assim chamados
e a poeira regulariza o que será fosco

na ausência de uma cadeira de balanço
lanço detalhes sonoros ignorados

é possível despejar centenas de palavras
uma chuva delas
granizo gramatical
cal
calha
coalhada

e coaxar hemorróidas
coar o chá com fome
de maneira trágica
( heróica porra nenhuma)


tchau
a vida se tornou demasiadamente real
fantástica

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

em um rápido improviso
lambi formigas no dorso da mão ocupada
e entoei louvores ao teto que me impedia de ver o céu estrelado

depois tentei narrar a verdade de atos que não servem
não absorvem solventes nem observam semelhanças alcançadas

DOR
talhei alheio uma escultura à tua altura
na melancia mais macia do teu leito melado por cólicas melancólicas
você aparece engraçada
como a terra dura que se quer impenetrável
onde eu e meu amor
enterramos a gata que morreu de hepatite

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

pequeno poema em homenagem ao Fevereiro

Fevereiro
rei ferreiro
abrigas minhas rugas
há brigas e lutas
de febre e festejo

Fevereiro
acho que é só isso mesmo

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

*-*-*

não se achando capaz de jogar as cartas
a vidente renunciou ao mérito
e uniu as duas partes rachadas
como se fossem apenas duas
as noites que pareciam curtas

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

x

é verdade que as verrugas no nariz da bruxa são de mentira
( isso não me admira )
o clima sinistro na beira de um lago com neblina densa em um filme firme
norte-americano comum
sai pelo cano localizado no hemisfério ferido por tubarões ou terremotos
coletânea de acidentes de motos que entregam sanduiches mornos
para uma orgia rosa religiosa de purificação por jejum
não, não darei mais cores aos esmaltes das tuas unhas
velha jogadora de futebol
o baile foi adiado para a próxima década decadente
quando poderemos perfurar piscinas vazias com cambalhotas
e a lua não poderá mais ser vista nem admirada por idiotas

Quando a Inspiração Acontece

alguns poéticos escrevem tão pouco...
deve de ser causo de que só escrevem quando estão inspirados...
eu, quando estou inspirado, eu não escrevo
eu, sei lá
ando
olho pelo janela
molho as plantas
sinto vontade de trepar

sábado, 16 de janeiro de 2010

bloco

ao me ver mover as funções artificiais de uma sintonia anatômica
os órgãos se resumiram numa aventura involuntária

PERPLEXO SOLAR

Girassol inacabado inverno em versos quem quer ouvir, vira
a concha se encaixa em baixo volume e assume
a forma de um som que procura o sol em coma
fuligem

Girassol inacabado verão em versos de quem quis ouvir, virá
a colcha macia acima da sua ocupa e refresca
a flama de uma desejada cura em vibração
fuligem

Girassol indo a cavalo que se fodam as estações quem quiser, verá
a gorda presença no meio dos meus manuscritos
da loucura que domina o sofrimento
vertigem

Universo que une o verso sobre os campos alagados
coloquei os meus restos em uma linda cerâmica crua
é a rua o contrato dos que se consomem insatisfeitos
brilham juntos os vislumbres instantâneos
e eu ardo
e guardo

daí


Passado

agora vocês entendem o motivo do motor estar tão quente
amora ao invés do cultivo escondido de drogas
drogas estimulantes
antes esta mula
lógica improvável de maravilhas na virilha
e é como deixar empoeirando na cabeceira
um receptáculo de energia
nós já vimos isso tudo
sem dúvida
escorrendo pelos arquipélagos
relâmpagos pelados de crença
assando asas e destinos sem pais
eis uma característica rústica das atrocidades
desenredo instrumento prático para paradisíacas divindades gêmeas
geme gene maldito!
geme nessa possesão de vaginas da natureza
dando continuidade e louvor a esta inquietante vida em ruína
volta o sábio insulto de uma temporada próspera
volta a próxima áspera espera relaxante
respire fundo
respire fungo
na fila de conquistas atrasadas
mais nada inverte



Passado
eu não estava lá

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

jamais, mas já

jamais, mas já atingir o limiar o ar tingir a tangente doente de retornos talvez talvez tenha sido um tecido em torno do ato de entornar átomos inaptos um esforço de enforcar repressões rápidas traiçoeiras e finalmente não alcançar esta ilusão de trégua convicto vácuo

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

0.2

sei que cansei meu clã

sei que cansei meu clã
jogando claves para o alto

lavo o alvo na alvorada

alvorada voraz e vã
morada da minha voz serás

prossiga

ou se ouse falhar

as profecias se tornarão úteis

fracasfronteiras
pêssegospéssimos
um bestiário xilogravado direto em saunas de hotéis


matéria



tal qual um cristal
Cristo

( sento santo e ando levito evito ou tento )

não me contenho

me contento

0.1

esta vida que se assemelha a um ritual de morte
de ligar o ar condicionado
ou facão no canavial
e todos os gestos nesse meio-dia
um ritual de morte
coletivo
a imagem de um crânio vazio de esqueleto
esta vida vi da fissura dos meus cérebros espalhados pelas nuvens
sonhar constatações
e deixar-se levar até a imobilidade

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

0

se a tua face triunfasse
estandarte ao vento
espremida
esplêndida
eu caminharia mendigo
digo
sem rumo
no escuro do sol excessivo
e ninguém ouviria ou viria
nos meus afazeres sem sentido
dissipar o trabalho a feitura

memoar

que dor daria um diário...
eu não Rio mais
nem Belo Horizonte
tudo se me move ao contrário
e estou sempre de fronte

(musicalatina)

Parece que perdi
um pedaço da minha vida
entre outras coisas
entre as tuas coisas

nem adianta ir procurar
pois veio a onda
então a onda veio tão
a onda veio e
nem adianta ir procurar

|\|

a Terra boceja expande
(ursos panda & elefantes)
a Terra desentoca pontas colinas andes
e o máximo que faço é fácil e me aproximo

ilhalhi

da sabedoria
cuja coruja rajada foi depenada
& morta a pedradas
resta a raspa fedorenta
na areia quente da mente

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

( acchados 199e )

todas as moscas pousaram.

enfiou a terceira colher de açúcar
na xícara vermelha e riscou.

mais silêncio.

hoje não iria trabalhar.nem amanhã.estava doente.não.
não estava.

tinha um problema com.
desde que acordara a frase:vamos te matar.

estava pendurada em suas.
como um brinco brilhante e pequeno.

não fazia nem 15 minutos.
não fazia mesmo nem 15 minutos pois havia quebrado o relógio.
com delicadeza.

não dormiu.

esfregou as mãos na.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Ba

breve e brava

esta teimosia

carícias doloridas e o mesmo diagnóstico
magia e ginástica nostálgica dos nervos
sorver
a forma formidável
destituída de timbres em
concordância com
cor
o caos soca
o caos soca
murros em muros de
e nem
o caos saca a rolha
e engulo agulhas com gula
de um outro lado do lapso
pulsa

Aforismo da Sobrinha

o meu favorito é você engolindo uma tesoura

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

pequeno poema em homenagem ao Janeiro

Janeiro Janeiro
você chegou primeiro ( primeiro? )
e chutou o traseiro
das praias
e nelas
enquanto a vida humana transborda pelos boeiros
qual
o teu jeito de cortar o meu peito nauseado
quero dizer, bronzeado

Janeiro
me deixo:
a luz veio