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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

ahn

um homem que não nada não pode voar.

}{

o tempo de cigarras chegou desregulado.

pobre mão esquerda !
não te treinei o suficiente para sufocar orquestras.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

rio de janeiro - 2005

um homem sozinho é como um cão acompanhado por carrapatos.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

texto sem título e sem data escrito em Belo Horizonte em um papel de pão

depois que nasci no açougue sorri
e me vi virado em vermelho largo
e chorei e vi minha mãe desmaiar no mar
e parei
me ceguei de sol
me enterrei na areia
e fui devolvido por sirís
e fingi ser neto de iemanjá
até ela negar
e fui em barco e não fui
pois nunca houve um barco
e fiquei imóvel e a noite veio
e a noite retirou minhas veias
e a noite retirou-se
e montanhas de nuvens misturaram tintas
e o calor abriu minhas novas flores
e a noite voltou e as estrelas
e as minhas flores viraram areia
e decidi morrer e não consegui
e quando estava para crescer
suavemente fugi.
e senti o mar em visitas
e minha mãe voar
devolvida.